Quando se planeja uma viagem como essa para o outro lado do mundo, a gente pensa mais ainda em aproveitar muito bem o tempo para conseguir visitar e conhecer o máximo de lugares no tempo que temos. Mas hoje não vamos sair de Osaka, tiramos o dia para “descansar” de viagens só que não de aventuras, vamos desfrutar de alguns atrativos da encantadora cidade.
Osaka é uma das maiores cidades do Japão e foi sede das olimpíadas de 1964, e por algumas vezes na história do país foi também capital do Império nipônico. A cidade é uma das mais antigas do país, e sua história começa em 500 DC, como importante porto, virando capital do império entre 645 DC e 655 DC, tornando-se capital novamente em 744.
A cidade foi sempre importante centro financeiro, de alimentos e comércio e centro do poder feudal na região. A herança deste passado feudal pode ser conhecida no castelo de Osaka, que era um dos destinos de hoje.
O Castelo de Osaka fica no alto do monte, cercado por um enorme jardim. O metrô te deixa em frente aos jardins, porém é preciso andar (e subir) bastante até chegar ao castelo propriamente dito.
Construído na segunda metade do século XVI, o castelo é uma construção icônica cercada por enormes muralhas e cheia de histórias. Composto por 8 pavimentos, ele conta com várias exposições, que contam um pouco a história feudal do Japão e de diversas batalhas travadas nos arredores do castelo.
A visita começa pro andar mais alto, onde chega se de elevador. Lá e existe um grande observatório, de onde dá para ver os quatro cantos da cidade ou seja ter uma vista panorâmica da cidade de Osaka além de ver os detalhes arquitetônicos do telhado e da fachada em dourado.
Do oitavo andar começamos a descer pelas escadas e visitar os andares inferiores. No sétimo andar encontra-se a exposição com um diorama apresentando a coleção de episódios da vida de Toyotomi Hideyoshi, um figurão do regime Toyotomi que iniciou a construção do castelo.
No quinto piso vemos maquetes e miniaturas, além de telas mostrando a história do cerco e guerra no Verão a Osaka, uma história narrada em japonês, coreano, inglês e chinês.
O quarto piso é dedicado a exposições temporárias mas este estava temporariamente fechado, assim como o terceiro que apresentava a sala do chá. Já no Segundo piso encontramos a exposição com informações diversas sobre o castelo e fotografias.
Descemos do castelo já no início da tarde, e já com fome. Por sorte já um mini shopping junto ao castelo e que tem alguns restaurantes. Optamos pelo Rikyu bar, que oferece uma das gostosuras típicas de um Osaka: o takoyaki.
O takoyaki é um pequeno bolinho recheado com pedacinhos de polvo, feito na hora e sempre muito quente. Resolvemos pedir também alguns espetinhos diferentes (camarão, frango, peixe) com batatas fritas, além do takoyaki, para que todos pudessem comer um pouquinho de cada.
Após o almoço, seguimos para a próxima atração do dia, o Aquário de Osaka. Como vocês já viram aqui no site, já visitamos alguns aquários como o de Miami e o Sea World em Orlando, mas esse foi um dos mais incríveis pois é um dos maiores aquários do mundo.
Olhando por fora ele aparenta ser um prédio comum e somente o enorme tubarão baleia na sua fachada nos remete ao tema marinho.
Apenas mais perto da entrada outros modelos de animais também expostos para fotos já nos faz entrar no clima do aquário.
Entra-se pelo andar superior e durante toda a visita vai-se descendo e olhando as diversas exposições e o imenso aquário no centro do prédio que te permite ver as diferentes espécies nas diferentes camadas do oceano. À medida em que vamos descendo vemos as espécies que habitam as partes mais profundas dos oceanos.
Um dos tanques do aquário apresenta o ecossistema da bacia amazônica, com vários peixes difíceis de serem vistos até mesmo no Brasil. Existe um gigantesco pirarucu, peixe típico da Amazônia e raro de se ver até mesmo nos aquários brasileiros.
Logo em seguida, um grande tanque com golfinhos, em que os bichinhos ficavam brincando bastante entre si e com uma bola que ficava pendurada. Eles tomavam impulso e saíam da água, até alcançar a bolinha!
Depois de um tempinho, chega-se ao imenso tanque principal. Ele é casa de várias espécies de mar aberto, incluíndo dois gigantescos tubarões-baleia, símbolo do aquário de Osaka.
Outra parte muito bonita era a seção dedicada a águas-vivas, com diversas espécies em aquários diferentes, com um visual impressionante:
No fim, uma área dedicada aos mares frios, com diversas focas, pinguins e leões-marinhos.
O legal aqui era que o tanque ficava em um nível superior, e o fundo dele tinha uma bolha transparente. A gente conseguia passar por baixo dele e lá, uma foca risonha ficava olhando o movimento de pessoas!
Ao lado desta área, havia um tanque sensorial, onde era possível passar a mão nas arraias e tubarões. Eu e a Beatriz não tivemos coragem, mas o Rafael e a Isabel se aventuraram a fazer um carinho nos bichinhos.
Após a visita ao aquário, Demos uma voltinha no shopping que fica na mesma área do aquário. Em frente a ele existe uma imensa roda gigante, a Tempozan Ferris Wheel. Fizemos hora no shopping de forma a poder visitar a roda gigante durante o entardecer.
Na fila para a roda gigante, a mocinha que cuidava dos ingressos apontou para a Bia e para a Bel e falou que elas eram Kawaii, Kawaii! E explicou em inglês que Kawaii significa cute (fofas!). Passamos a reparar que muitas vezes as pessoas, principalmente as senhoras, viravam para as meninas e comentavam que elas eram Kawaii. A Isabel ficou toda besta e começou a contar quantas vezes ela era chamada de Kawaii, e quantas vezes a Bia era…
Lá de cima da roda-gigante, pudemos ver toda a área do porto de Osaka e uma boa parte da cidade, com um visual incrível.
Voltamos para o shopping agora para comer. O interessante do shopping é que havia uma área no térreo com ambientação de uma pequena cidade japonesa do meio do século XX, com lojinhas e restaurantes. Resolvemos jantar em um pequeno restaurante desta área, com apenas cerca de 8 lugares no balcão, e totalmente atendido por apenas uma pessoa, um senhorzinho já bem idoso.
Ao entrarmos, além da tradicional frase de boas vindas (irashaimasseeeee…), Ele virou para nós e começou a falar em inglês:
– Baskets! Baskets!
(Cestas! Cestas!)
E começou a pegar umas cestinhas supermercado, colocando uma atrás de cada banquinho em que estávamos.
A cesta era para colocarmos nossas mochilas, casacos e apetrechos para que pudéssemos comer mais às vontade. Só que as nossas coisas ficam atrás de nós, nas cestinhas ( para que nossos objetos não toquem no chão), a 1 metrô da área de circulação fora do restaurante. Para nós brasileiros, infelizmente tão acostumados com a rotina de fiéis em nossas grandes cidades, fica difícil acreditar que é perfeitamente normal aqui no Japão colocar objetos fora de sua visão e que nada vai acontecer!
Os pratos, com ramen e tempura estavam deliciosos e caíram muito bem no frio que estava fazendo!
Saímos já de noite, e mais uma vez fomos surpreendidos pelas luzes da cidade. Milhares de lâmpadas LED iluminavam a área, a roda gigante e a fachada do aquário, em um visual maravilhoso.
Mais uma vez encantados com Osaka, pegamos o metrô e voltamos para nosso Ibis Styles em Namba, para dormir e nos preparar para outro dia!
Amanhã vamos sair de Osaka novamente, para visitar uma das cidades mais conhecidas do Japão: Kyoto!
Sayonara! See ya!
Dicas deste post:
- O Castelo de Osaka é uma visita que exige algum preparo físico, para negociar as distâncias do grande jardim e para subir e descer as escadas do castelo. Vá preparado para andar e com um calçado confortável.
- O Castelo de Osaka conta bastante sobre a história do passado feudal do Japão. Ideal para mostrar para os pequenos os princípios de uma construção fortificada e todos os costumes antigos desta sociedade.
- Se possível, faça como nós e sincronize o horário da subida na roda-gigante Tempozan, para coincidir com o entardecer.
- Não perca a oportunidade de comer os takoyakis. Em Osaka eles estão em todo lugar! Escolha um e vá ser feliz!
- O Aquário de Osaka tem um acervo incrível e vale muito a visita, poucos aquários do mundo possuem tamanha diversidade. Vale para mostrar para as crianças a importância da conservação.
- Visitando o Japão entre dezembro e janeiro, reserve um tempo apenas para andar nas ruas e apreciar a iluminação e músicas festivas!